segunda-feira, 30 de julho de 2018

Tribunal de La Haya declara “preso político” al expresidente Lula

Tribunal de La Haya declara “preso político” al expresidente Lula: La Corte Penal Internacional (CPI) de La Haya ha reconocido la inocencia del exmandatario brasileño Luiz Inacio Lula da Silva al considerarlo “preso político”.

sábado, 24 de fevereiro de 2018


Lembra da musica de Vinícius de Moraes?

A "Tonga da Mironga do Cabuletê "...

Isto é cultura !!!!!! 


Ano de 1970.Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de
inaugurar a parceria com o disco "A Arca de Noé", fruto de um velho
livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno "milagre econômico". A censura em alta, a Bossa em
baixa.
Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.
O poeta é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela
intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música
de easy music.
No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.
Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do
Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles "tonga da mironga do cabuletê", que significa
"o pêlo do cu da mãe".
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o
poeta. 
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa.
E o poeta ainda se divertia com tudo isso: "Te garanto que na Escola Superior
de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô".

Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.





Tonga da Mironga do Cabuletê

Toquinho e Vinicius de Moraes



Eu caio de bossa eu sou quem eu sou

Eu saio da fossa xingando em nagô

Você que ouve e não fala

Você que olha e não vê

Eu vou lhe dar uma pala

Você vai ter que aprender

A tonga da mironga do cabuletê

A tonga da mironga do cabuletê

A tonga da mironga do cabuletê

Você que lê e não sabe

Você que reza e não crê

Você que entra e não cabe

Você vai ter que viver

Na tonga da mironga do cabuletê

Na tonga da mironga do cabuletê

Na tonga da mironga do cabuletê

Você que fuma e não traga

E que não paga pra ver

Vou lhe rogar uma praga

Eu vou é mandar você

Pra tonga da mironga do cabuletê

Pra tonga da mironga do cabuletê

Pra tonga da mironga do cabuletê