Publicado em 29-Jul-2013
Neste fim de semana, dezenas de islamitas foram mortos no Egito: 72 pessoas foram mortas e mais 400 estão feridas. O massacre já foi considerado o pior desde a deposição do presidente Mohammed Mursi, no começo desde mês.
A Irmandade Mulçumana (favorável a Mursi) aponta que as forças de segurança que comandam hoje o país dispararam contra os islamitas em uma vígilia pacífica, antes das preces do amanhecer. Laila Musa, porta-voz da Aliança Antigolpe, relata o episódio: "Houve ataques desde as 2h em nosso protesto pacífico. A polícia tentou nos retirar à força. Os hospitais estão recebendo mais mártires".
O Ministério do Interior rebate. Afirma que as forças de segurança agiram para liberar vias onde os manifestantes marchavam, acusando os islamitas de entrarem em confronto com os moradores do entorno.
O silêncio cúmplice da Europa e dos Estados Unidos frente ao banho de sangue no Egito só comprova a hipocrisia desses governos na defesa dos direitos humanos e da democracia quando interessa para justificar a agressão militar pura e simples nos casos do Iraque, Afeganistão, Síria e mesmo na Líbia.
Para eles, o caráter dos regimes pouco importa. O que conta são os interesses das potências econômicas e militares escudadas na OTAN – às vezes na ONU - na doutrina contra o terrorismo que justifica tudo.
Inclusive, agora, o apoio a um golpe e a volta do controle do Egito pelos militares que governaram com Mubarak. Controle militar e econômico favorável à política norte-americana e financiada pelos Estados Unidos.
FONTE: Banho de sangue no Egito
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